Festa foi interrompida com a morte de dois integrantes do grupo, mas teve seu retorno em uma edição especial, na semana passada
Em Guarujá, a Folia de Reis é uma festa tradicional da Prainha Branca, que representa a cultura histórica da comunidade caiçara da Cidade. De acordo com relatos, surgiu aproximadamente em 1930, para celebrar o Dia de Reis, comemorado em 6 de janeiro. No último domingo (15), a Folia foi realizada após dois anos sem acontecer, por conta da pandemia e da morte de dois integrantes do grupo, Silvano Neves Ledo (o Passarinho) e Nilson Oliveira.
Este ano, a celebração envolveu a missa realizada na capela da Prainha Branca e, ao término, a procissão seguiu com cortejo pela comunidade. O término da apresentação foi no ‘Buteco do Pássaro’, restaurante da família Ledo, com participação de toda a comunidade e de visitantes.
A comemoração é resgatada e mantida pela família e amigos, que prometeram manter viva a tradição, mesmo após o falecimento do principal mestre, popularmente conhecido como Passarinho. Ele, além de responsável pela Folia, foi escritor, cantor, compositor, poeta e um respeitado líder comunitário da Prainha Branca.
Seu filho, Demmi Rangel Neves Ledo, é a terceira geração e assume a parte ativa da equipe, a fim de continuar a festa religiosa e tradicional, que chegou à comunidade por Maciel Hermôgenes de Oliveira, avô do Passarinho.
“Meus primos me ajudaram desde o início da organização. O sentimento foi um misto de emoções, que a saudade e a alegria tomaram conta ao ver a comunidade, que ansiava pela Folia, após dois anos. Todo mundo que compareceu acabou se emocionando. Minha voz embargou de emoção diversas vezes a cada lembrança que tive do meu pai durante a procissão”, relatou Demmi.
Créditos: Secretaria de Comunicação Prefeitura de Guarujá
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