A Prefeitura de Ubatuba por meio da Secretaria de Esportes e Lazer, em parceria com a AUS – Associação Ubatuba de Surf, realizará 21 campeonatos de surfe a partir de junho até o final do ano. Entre eles estão uma etapa da W.S.L, evento internacional, Super Surf Ubatuba, campeonato brasileiro e o tão conhecido e esperado pelos atletas locais, Ubatuba Pró Surf, competição municipal. Durante o ano são realizadas mais de 30 competições.
Atualmente existe uma parceria entre Prefeitura de Ubatuba e AUS, onde a Secretaria de Esportes e Lazer realiza um repasse por meio de convênio para a associação, que custeia eventos municipais, e inscrição de atletas do município em competições específicas em outras cidades.
O convênio celebrado é no valor de cem mil reais e garante a realização de três grandes competições. A primeira delas é o Circuito Ubatuba Pro Surf (municipal), com o investimento de 50 mil; a segunda é o Circuito Estudantil de Surfe, que atende a todas as escolas do município (municipais, estaduais e particulares), como uma espécie de complemento ao projeto Surfe nas Escolas, e o investimento deste convênio é de 20 mil. E, a terceira, é o suporte à equipe de Ubatuba, que representa o município nas quatro etapas do Hang Loose Surf Attack – uma competição das categorias de base do esporte, onde são investidos 30 mil, principalmente em inscrições dos atletas.
Segundo Fábio Lima, coordenador dos Esportes de Aventura da secretaria de Esportes e Lazer de Ubatuba, há a previsão de aumentar a quantidade de eventos na modalidade no próximo ano, que no momento já tem cerca de trinta competições. “Somente neste semestre temos 21 eventos previstos, e pode ser que entre mais cerca de dois ou três no calendário até o final do ano”.
Lima destacou que sediar essa variedade de eventos na modalidade é importante para os atletas, turismo e economia local. “O objetivo é fazer Ubatuba voltar a ser palco dos grandes campeonatos, porque a cidade respira surfe. É importante para os nossos atletas ter uma competição no quintal de casa, até porque hoje, a competição fora da cidade é muito custosa, um dos principais motivos deste fortalecimento em sediar eventos é favorecer o atleta local e junto com isso a cidade como um todo, o turismo e todo desenvolvimento econômico no município”.
O coordenador destacou também a evolução do surfe em Ubatuba. “A evolução foi muito grande, desde que a escolinha foi fundada com trabalho de base e depois com treinamento, e deste treinamento surgiram grandes nomes do surfe, como Filipe Toledo”.
“A gente não procura criar somente o surfista, hoje Ubatuba tem condição de ser um grande suporte estrutural para eventos da modalidade, juízes, lembrando que daqui saíram vários juízes de importantes campeonatos, como Renato Galvão que atualmente é juiz da WSL, então, todo esse trabalho de 27 anos da escolinha e de mais de 40 anos da AUS contribuiu para essa diversidade de opções a nível de trabalho e de comprometimento de pessoas vivendo no surfe, mas não somente como competidor”, ressaltou Lima.
Lima enfatizou que hoje o surfe em Ubatuba é explorar todos os potenciais diversificados na modalidade. “A capital do surfe, que oferta a possibilidade de os atletas serem competidores, mas também de se tornarem juízes, comerciantes, designers, entre outros”.
Sobre o principal campeonato realizado em parceria com a prefeitura, ele declarou que o objetivo é fazê-lo crescer cada dia mais, dando mais visibilidade a todas as áreas da cultura do surfe. “A meta é fazer com que cada vez mais o Ubatuba Pró Surf evolua, pois acredito que é o maior do mundo, a competição é realizada para 17 categorias, e a gente não sabe da existência de nenhum campeonato municipal que abrange uma quantidade tão grande de categorias”.
O município será sede de 21 eventos de surfe, e está voltando este ano a ser palco de uma etapa internacional. “Pode ser que fechemos o ano com um evento internacional e de três a quatro brasileiros, depois de um período ‘magro’ de campeonatos, não só por conta da pandemia, mas já havia um período onde foram findados diversos campeonatos brasileiros, muito devido a sombra da elite no restante dos profissionais”.
Com mudanças a nível nacional, o surfe está cada vez mais em destaque. “Com a nova versão da Confederação Brasileira de Surf – CBSurf, este ano criou-se um calendário, coisa que há muito não tinha, então o surfe está voltando a ser o que é, e Ubatuba voltando a sediar grandes campeonatos, pois sempre teve condições, uma vez que sempre teve uma prefeitura que apoiou o esporte e uma associação que sempre foi parceira da prefeitura e vice e versa, para que isso acontecesse”.
O presidente da AUS – Associação Ubatuba de Surf, Cleiton Santos, evidenciou que os eventos fomentam além do esporte o turismo no município. “Sobre o evento mundial por exemplo, o grande potencial é que vem gente de todos os lugares, fortalece o turismo local, faz Ubatuba ser cada vez mais conhecida, e este evento a nível internacional não acontecia no município há cerca de 11 anos”.
O presidente declarou também a importância da Escolinha Municipal de Surfe na cidade. “Acredito que a escolinha não é somente para formar um atleta, mas para formar o caráter, pois regras são seguidas, e desde criança, a escolinha auxilia na formação de cidadãos, direcionando os alunos a descobrirem talentos no surfe, mesmo que não seja como atleta”.
Atualmente o surfe é mais reconhecido e valorizado, e segundo Santos isso aconteceu com o crescimento da modalidade. “Quebrou-se o preconceito com o esporte, hoje um esporte olímpico. E nós percebemos que hoje ao invés de proibir, como alguns pais faziam antigamente, eles apoiam, levam as crianças nas praias para surfar, é um esporte para a família”.
Créditos: Secretaria de Comunicação Prefeitura de Ubatuba
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